11 janeiro 2019

FEM PWR - Liderança no Feminino

Foi elaborado pelo grupo FEM PWR um vídeo case-study acerca das entrevistas com mulheres que exercem papel de liderança no feminino, em 5 áreas de trabalho diferentes, estando compostas por dois países.

● Goreti Sousa, fundadora da empresa têxtil Colchete;
● Dra. Ana Lídia Alves, Head of Finance & Tax na EDP Renováveis;
● Paula Sacchetta, jornalista e documentarista da Mira Filmes;
● Carla Link Federizzi, fundadora e service designer da Talking City, professora do IED
● Catarina Furtado, apresentadora, atriz e embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População.






Com as perguntas, buscamos compreender as respostas sobre como é ser uma líder, a experiência das entrevistadas e qual a visão que possuem para o futuro.

10 janeiro 2019

Big Leaders in a Smart Country – Um estudo de caso de três organizações portuguesas

O vídeo case study elaborado pelo grupo teve como por objetivo reunir quatro testemunhos de figuras de liderança em organizações do tecido empresarial português, de modo a tentar perceber quais os aspetos essenciais e de que forma é construído um líder. 

Deste modo, foram realizadas entrevistas na Colep, na U.DREAM e na Blip.pt




Para citar este estudo de caso, utilize a seguinte referência bibliográfica:


Ferreira,C. Perez,F. Marques,N. Santos,R & Fenandes,D (2019): Big Leaders in a Smart Country: A Video Case Study. Research oriented by PhD Patrícia Araújo within "Leadership and Negotiation" Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge.3ª Ed. Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration. Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/



09 janeiro 2019

A arte subtil de saber dizer que se f*da - Book Review por Catarina Cardoso


Mark Manson, autor do livro.


Blogger e escritor norte-americano.
A sua rampa de lançamento foi em 2011, quando lançou um livro sobre como os homens poderiam atrair as mulheres de forma honesta. Este tornou-se best-seller e deste então, Manson ficou conhecido pelos seus livros de desenvolvimento pessoal, com uma linguagem particularmente directa e controversa. Num estilo totalmente próprio.



SOBRE ESTE LIVRO

 “A arte de saber dizer que se f*”, mostra-se desde o início como polémico e destinado a causar sensação.
Categorizado como livro de auto-ajuda e desenvolvimento pessoal, este best-seller faz com a sua escrita, precisamente o oposto, tentando sim, ir contra os padrões de felicidade que a sociedade actual tenta incutir.
Começando na primeira página, onde é inserida logo uma frase que refere “O mundo diz-nos constantemente que o caminho para uma vida melhor é mais, mais, possuir mais, fazer mais sexo, ser mais. Somos constantemente bombardeados com mensagens para nos importarmos com tudo, o tempo todo. Uma televisão nova. Ter férias melhores do que os nossos colegas. Possuir o tipo apropriado de pau de selfie. Porquê?” – Ora, faz-nos reflectir logo à priori sobre o nosso papel e modo de estar na vida, transpondo isso para a curiosidade em ver o que consta no interior do livro.
O livro divide-se em 9 capítulos, todos eles com sub-capítulos e títulos impactantes.
Começando com o primeiro, “NÃO TENTE”, onde nos conta a história de Bukowski, que era um homem fracassado, de 50 anos, que dá uma reviravolta na sua história e se torna num sucesso pelo seu insucesso. Avaliando pelo começo apresentando é de esperar que todo o resto do livro se baseie em problemas mais que actuais, reais, do dia-a-dia, para transpor isso para uma lição de vida, ensinamento para a felicidade. É com essa abordagem directa, que se refere várias vezes à expressão “que se foda”. A atitude que, na perspectiva de M.Manson se deve ter para atingir a simplicidade e felicidade da vida. A relativização dos problemas.  
No seguimento do livro surgem os restantes capítulos intitulados como “A FELICIDADE É UM PROBLEMA”, “VOCÊ NÃO É ESPECIAL”, “O VALOR DO SOFRIMENTO”, “ESTAMOS SEMPRE A ESCOLHER”, “VOCÊ ESTÁ ERRADO ACERCA DE TUDO (MAS EU TAMBÉM)”, “O FRACASSO É O CAMINHO PARA A FRENTE”, “A IMPORTÂNCIA DE DIZER NÃO” e finalmente “E DEPOIS MORREMOS”.
É nesta abordagem que surge a referência a uma característica fulcral do ser humano, que é a inteligência emocional, por meio das emoções. Sendo que essa inteligência advém da utilização das emoções. Desse modo, Manson diz-nos que “as emoções são sobrevalorizadas” e “(…) nunca são duráveis”.  Transmitindo que a fixação excessiva nas mesmas, é falível, na medida em que não são duráveis, não nos satisfazem constantemente.
É no mesmo capítulo, que o autor refere também a importância de não reprimir as emoções negativas uma vez que são elas que os fazem criar mecanismos de feedback e nos ajudam a resolver certos problemas. Controlando essas emoções, estamos a rejeitar esses mesmos mecanismos.
Já num capítulo seguinte, é-nos feita a analogia entre a cebola e o auto-conhecimento, onde a 1º camada é associada às emoções – descrevendo “Isto faz-me feliz”.., “isto faz-me sentir triste”..- e uma segunda ao auto-conhecimento, como que complementares, parte de um processo interior, que após descobrir o que faz sentir o quê, se questiona sobre o “porquê” de nos sentirmos assim..Esse raciocínio e descoberta conduzem todo a narrativa, acompanhada também de história verídicas e fictícias.
Terminando o livro com uma narrativa real, onde é mencionada a morte. Aquilo que o ser humano mais teme, a perda, a sensação que a mesma cria. É-nos apresentada aqui com uma leveza necessária e natural, quando Manso conta que com 19 anos perde um amigo e quando se apercebe que tal aconteceu, tudo muda. Mas com a certeza de que existe um “Lado bom da morte”, como intitula a sua conclusão.

Opinião Critica:
Aqui, apresentam-nos uma visão pouco ortodoxa da busca da felicidade. Muito mais verídica que as habituais, que nos leva à esfomeada vontade de procurar a inexistente felicidade comum, procurando desproblematizar todas as questões diárias com fim no estado pleno. O realmente dizer “que se foda” à preocupação exagerada, à organização extrema e sim ao auto-conhecimento, à expressão dos nossos sentimentos.
Foi essa a razão pela qual este livro foi a minha opção, nunca tendo lido nenhum livro do género, nem tendo conhecimento do sucesso que este tomou. Engolida pelo marketing que nele está transposto, fui sentindo ao longo da leitura que a maioria do que era dito era tão óbvio que não paramos para pensar nas nossas vidas, torna-se assim não óbvio, porque nem ligamos. Nesta medida, a “arte de saber dizer que se f*” teve alguma relevância na minha vida pessoal, transpondo para algumas situações em que realmente, após rápida reflexão, é claro que há questões diárias que poderiam ser simplificadas se nos conhecermos bem e se respeitarmos o que são as emoções, os sentimentos, e como devemos controlar-nos.
Finalizando, Manson acaba por não responder directamente à questão colocada inicialmente mas explica inúmeras vezes, com vários exemplos, que para nos sentirmos mais felizes, não temos que o dizer à frente do espelho, nem nos devemos basear no que os outros têm ou no que deveríamos ter porque a sociedade assim determina, devemos apenas levar a vida com a leveza que ela necessita, aproveitar cada momento e desvalorizar o que não tem claramente valor.  


Catarina Cardoso
nº 8192


Referências Bibliográficas:
Manson, M. (2018). A arte subtil de saber dizer que se f*da.
Consulta PowerPoint aulas.


Referência para citação:
Cardoso, C. (2018). A arte subtil de saber dizer que se f*da.- Book Review.  Research oriented by PhD Patrícia Araújo within "Leadership and Negotiation" Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge.3ª Ed. Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration.

A Capacidade de Analisar Dados - Uma Book Review "Freakonomics" por Ana Cerqueira

   A Capacidade de Analisar Dados - Uma Book Review "Freakonomics" por Ana Cerqueira


Steven D. Levitt, considerado o jovem economista mais brilhante da América por um júri de economistas veteranos, tem uma perspectiva muito peculiar sobre o mundo, pensando de uma forma totalmente diferente de maior parte das pessoas e de maior parte dos economistas, o que o leva a fazer perguntas pouco vulgares e controversas, mas que acabam por ter muito sentido e dispor de explicações bastante coerentes com base em dados reais. Stephen J. Dubner, jornalista americano do New York Times, junta-se, assim, a Levitt para escrever Freakonomics, sendo considerado um co-autor do mesmo. Este introduz sobretudo as ideias chave de cada capítulo no início dos mesmos, explicando como Levitt acabou por escrever sobre determinados assuntos.

   Este livro procura, assim, questionar o que parece ser inquestionável, apresentando respostas constantes a essas perguntas através da análise de dados. Contrariamente ao que o ser humano está habituado a fazer, é fundamental ter uma opinião construtiva sobre determinado assunto, perceber verdadeiramente os seus detalhes, pois o conhecimento superficial acaba por se identificar, muitas das vezes, com o próprio senso comum. Assim sendo, a atitude deste autor altera completamente aquilo a que se assiste nos mais diversos contextos - respostas sem fundamento analítico -, pois este procura uma avaliação constante e honesta dos dados, oferecendo ao leitor uma surpreendente visão das diversas problemáticas em causa. Interligando ainda esta ideia com a questão da liderança, esta acaba por afirmar que os líderes devem agir com base em factos reais e não verdades que são dadas como adquiridas, pois tal pode enviesar os resultados expectados.

      Para o autor, a moral representa o modo como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse, já a economia representa a realidade, ou seja, a forma como o mundo realmente funciona. E é esta explicação que Levitt pretende que sustente todos os seus argumentos. A economia apresenta, assim, a forma como o mundo funciona com base em dados, contradizendo maioritariamente as respostas que se tinham como certas.

     Envolvido num jogo de perguntas controversas, o leitor é obrigado a adotar uma postura crítica, tentando abstrair-se de todas as suas ideias pré-concebidas sobre determinado assunto. Levitt considera que se for possível “pormos em questão qualquer coisa que interesse verdadeiramente às pessoas e descobrir uma resposta que as consiga surpreender – isto é, se conseguirmos dar a volta ao senso comum -, então pode ser que tenhamos alguma sorte” e se esteja a fazer as perguntas certas, que é o que este faz ao longo de todo o livro, não se chamasse o mesmo “Freakonomics”, uma atitude frenética pela procura do fundamento real dos dados.

       Levitt, tendo como base a sua profissão de economista, defende que “saber o que medir e como medir transforma um mundo complicado num mundo muito menos complicado”. Na verdade, se aprendermos a analisar os dados de forma correcta, conseguiremos explicar as mais diversas realidades de uma forma muito mais simples e fundamentada. Ainda no seguimento do funcionamento da economia, Levitt acredita que na vida, tal como na economia, somos movidos por fortes incentivos. Aliás, este considera que “os incentivos são a base da vida moderna”, sendo “uma bala, uma alavanca, uma chave: um objecto muitas vezes minúsculo, com um poder surpreendente para mudar uma situação”. Para além disso, Levitt menciona ainda que existem três tipos de incentivos: os económicos, os sociais e os morais, sendo que é frequente que um sistema de incentivos inclua os três tipos.

       De facto, a ideia de o ser humano atuar com base em incentivos constitui a ideia base do livro em causa, sendo que se define que “qualquer incentivo é em si um jogo de contrapartidas; o segredo está em encontrar o justo equilíbrio”. Assim sendo, o incentivo pode ter também um efeito perverso, contrário ao esperado, como pode ter um bom resultado. Inegável é que estes existem no nosso dia-a-dia, sendo o ser humano movido para atingir os mesmos. Verifique-se o caso das organizações, nomeadamente, o modelo carrot and sticks. Os incentivos funcionam como motivação extrínseca a um melhor desempenho, sendo que se este último não se concretizar com sucesso, existem formas para repreender a performance. Deste modo, é crucial perceber a origem dos incentivos, da motivação extrínseca, entendendo como se atua com base nos mesmos, para que se possa ser capaz de resolver determinadas questões e compreender determinados comportamentos, assumindo um maior autocontrolo sobre os próprios atos. Tal contribuirá para o desenvolvimento da motivação intrínseca, uma vez que permitirá a existência de mais controlo, mais autoconfiança, focos e objetivos fortes.

      A teoria de autodeterminação de Ryan &Decy dispõe de uma estrutura ampla para o estudo da motivação humana. Esta evidencia a importância de saber equilibrar quer as motivações intrínsecas quer as extrínsecas, de modo a criar contextos sociais positivos. Menciona ainda três necessidades básicas para garantir a capacidade de autodeterminação: a autonomia, a competência e a capacidade de conexão. Por outras palavras, para que um ser humano possa afirmar a sua autodeterminação, este deve ter autoconfiança e capacidade de escolha, deve estar conectado aos outros, valorizando os mesmos, bem como deve ter competência para se adaptar aos mais diversos contextos. 

    Levitt mostra, ainda, que existe sempre um ciclo motivacional. Num esforço para reduzir o desconforto ou satisfazer necessidades, as pessoas atuam de determinada forma para atingir os seus objetivos. Assim sendo, existe sempre uma necessidade, um impulso e uma ação que, por fim, molda um comportamento.

     Freakonomics é, assim, um livro que apela ao desenvolvimento da capacidade de análise dos pequenos detalhes e dados, que podem, de facto, explicar e fundamentar muitos argumentos. Para além disso, evidencia o quão o ser humano responde a incentivos e se move pelos mesmos, sendo aqui percebida uma grande dependência pela motivação extrínseca, contrariamente à própria motivação intrínseca. É, de facto, um livro para os amantes de perguntas controversas e para aqueles que pretendem aprender a fazer as perguntas certas, de modo a gerar mais conhecimento, evitando o conhecimento baseado no senso comum.

Referências Bibliográficas: 

D.Levitt Steven, J. D. S. (2006). Freakonomics.

Brankaert, R., Ouden, E. Den, Buchenau, M., Suri, J. F., de Valk, L., Bekker, T., … Bozarth, M. A. (2009). Experiential Probes: probing for emerging behavior patterns in everyday life. International Journal of Design, 9(1), 2880–2888. https://doi.org/10.1017/S1041610297004006


       


       Autora: Ana Cerqueira
        Contacto: aavcerqueira@gmail.com
        Perfil: Licenciada em Línguas e Relações Internacionais e a frequentar o Mestrado em Gestão de Marketing no IPAM. Resiliente, organizada, comunicativa e apaixonada por análise de mercados são as melhores características para me definir.  





Para citar este texto, utilize o seguinte MODELO de referencia bibliográfica:
Cerqueira, A. (2019). Book Review: A Capacidade de Analisar Dados. Research oriented by PhD Patrícia Araújo within "Leadership and Negotiation" Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge.3ª Ed. Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration. Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/2019/01/a-capacidade-de-analisar-dados.html

Book Review: Pai Rico, um exemplo de liderança - By Bruno Silva

Book Review: Pai Rico, um exemplo de liderança





Nascido no Hawai, a 8 de Abril de 1947, Robert Kiyosaki é um empresário, autor e investidor Norte Americano. Na sua juventude ingressou a Marinha dos Estados Unidos da América, e foi comercial da gigante Xerox. Alcançou a fama pelas suas perspetivas desafiadoras sobre a educação financeira, que vieram a público no seu livro “Rich Dad Poor Dad”, lançado em 1997, que será o foco deste trabalho. O livro manteve-se no topo da lista de bestsellers do New York Times por mais de 6 anos. 

Desde então, Kiyosaki já publicou mais de uma dezena de livros na sua maioria centrados na temática de finanças pessoais, entre os quais dois livros em co-autoria com o atual presidente Norte Americano, Donald Trump.

O livro “Pai Rico, Pai Pobre” é a autobiografia da infância de Robert Kiyosaki, e da filosofia defendida pelos seus dois pais. Pai pobre, e também instruído, é o pai biológico de Robert, enquanto que o Pai rico é pai de Mike, o seu melhor amigo de infância, que era empreendedor e detentor de vários negócios.

Na verdade, o nome atribuído a cada um deles, Pai rico e Pai pobre não é identificador daquilo que era a riqueza, ou a falta dela dos dois indivíduos. Quando Robert era criança nem o pai do seu melhor amigo Mike era ainda rico, nem o seu era pobre, pertenciam ambos à classe média, e acabaram ambos por se tornar ricos.

A dicotomia entre rico e pobre quer de facto exprimir dois pensamentos distintos quanto aquilo que é a educação, e mais em particular à educação financeira. O pai pobre, pai de Robert Kiyosaki defendia uma educação que é facilmente percebida pelo excerto seguinte do livro: “Vai para a escola, tira notas altas e depois procura um emprego seguro.”. Este é um pensamento cuja enorme difusão é clara, isto é, de facto o que muitos pais encorajam, que os filhos estudem para tirar boas notas e que com isso consigam obter um bom emprego, onde trabalharão afincadamente.


Em contrapartida, o pai rico tem um mindset muito distinto e acredita que não devemos declarar que não conseguimos pagar determinar coisas, mas que devemos questionar-nos antes “how can I afford it?”. No primeiro caso, ao comunicarmos a nós próprios que não conseguimos pagar algo estamos a constatar um facto, enquanto que no último, ao perguntarmos como é que o podemos pagar isto incita a que se pense em alternativas de se obter rendimentos, incentiva a ação.

O pai rico ilustra a forma de como a maior parte das pessoas vive financeiramente recorrendo a uma metáfora com uma corrida de ratos numa roda de laboratório. A maior parte das pessoas trabalha arduamente para fazer face aos seus compromissos financeiros, e quando consegue um aumento salarial investe num estilo de vida melhor, comprando uma casa maior ou um carro melhor, pensando que está a comprar ativos. No entanto, essas aquisições trazem mais despesas, prestações maiores de empréstimo, seguros mais elevados e mais impostos. Este ciclo é como aquele de um rato preso num laboratório a correr numa roda.

Dito isto, o que o autor defende ser o ensinamento do pai do seu amigo Michael, é que se invista, que se reserva uma porção nem que seja pequena do rendimento para esse efeito.  O autor incita a que se vença a aversão ao risco, e que se aprenda a gerir o risco – investindo em instrumentos financeiros como ações ou títulos de divida, ou outros ativos como imobiliário, ou outros capazes de gerar receitas ou de aumentar de valor com o tempo.

O pai rico incentiva a que se invista, e se obtenha rendimentos dos nossos próprios investimentos, para que não fiquemos presos a um emprego, para que não se fique preso na corrida dos ratos. Os seus ensinamentos estão também voltados para o incentivo ao empreendedorismo, visto que este era também empresário, e contava já com alguns negócios criados.

Pelo que é descrito no livro, é notória a influência que o pai rico teve no seu filho Michael e em Kiyosaki, este foi capaz de passar a sua mensagem sobre educação financeira, e do papel crucial desta para o sucesso, de modo tal que ambos seguirão essa visão e tornaram-se indivíduos empreendedores e com estabilidade financeira. Assim, pode-se afirmar que existem evidências para que possamos considerar o pai rico como um líder transformacional, que é um líder capaz de guiar para uma visão, e que desafia os seguidores a atingi-la (Zakeer, Nawaz & Irfan, 2016). A visão de um futuro promissor e financeiramente estável era aquilo a que pai rico incentivava, no entanto para que isto acontecesse era necessário que Michael e Kiyosaki fizessem sacrifícios, nomeadamente que começassem a criar poupanças cedo, e resistir em gasta-las em outras coisas, como um carro melhor ou um estilo de vida superior.

Este era um livro que já se encontrava na minha lista de leitura em stand by há algum tempo, depois de várias sugestões de amigos, no entanto nunca tive oportunidade de o iniciar. Arrependo-me de não o ter lido mais cedo porque é rapidamente lido, e uma vez que a história, em jeito de conselhos é extremamente aspiracional e motivadora, em particular para empreendedores. Apesar que, posteriormente, ao pesquisar mais sobre o autor para esta review, encontrei um artigo da Forbes que aponta que não existem evidências da riqueza de Kiyosaki e que coloca em causa a veracidade da história como autobiográfica, ainda assim, isto não retira o interesse da mensagem que é transmitida, e por isso recomendo a leitura do livro.

Referências bibliográficas

Kiyosaki, R. T., & Lechter, S. L. (1998). Rich dad, poor dad: What the rich teach their kids about money that the poor and middle class do not!. Paradise Valley, Ariz: TechPress.
Zakeer, A. K., Nawaz, A., & Irfan, U. K. (2016). Leadership Theories and Styles: A Literature Review. Journal of Resources Development and Management, 16, 1-7

Webgrafia:



Assinatura

Bruno Ferreira da Silva

Licenciado em Gestão e a fazer Mestrado em Gestão de Marketing. Considero-me curioso e creativo, e com uma vontade enorme de aprender sobre os mais diferentes temas. 

E-mail: brunomiguelferreirasilva@gmail.com


Para citar este texto, utilize o seguinte MODELO de referencia bibliográfica:
Silva, B. (2019). Book Review: Pai Rico, um exemplo de liderança. Research oriented by PhD Patrícia Araújo within "Leadership and Negotiation" Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge.3ª Ed. Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration. Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/2019/01/book-review-pai-rico-um-exemplo-de.html.

"Creativity Inc" / "Criatividade – Como vencer as forças que bloqueiam a inspiração" - Uma Book Review por José Magro






Introdução

Escrito por Ed Catmull, Co-Founder da Pixar e atual presidente da Pixar Animation e Disney Animation, este livro retrata a história da Pixar, como Empresa, e dá a conhecer as experiências do autor como seu fundador e Presidente. Aqui, ele mostra como foi capaz de enfrentar todos os desafios presentes no crescimento da Empresa e ao mesmo tempo assegurar-se que tanto a Organização como o produto refletiam sempre os valores que a mesma defendia.

Nasceu em West Virginia mas mudou-se enquanto criança para o Utah. O seu sonho em criança era tornar-se animador e poder trabalhar na Disney. No entanto, formou-se em ciência dos computadores e acabou por seguir áreas relacionadas com matemática, física e informática.

Antes de existir animação por computador, Catmull já havia começado a programar e a desenvolver tecnologias de 2D e 3D. Na altura em que o autor estava no Instituto de Tecnologia de Nova Iorque, foi recrutado como chefe da Lucasfilm Computer Division. Entrentanto, em 1986, esta spin-off foi comprada pelo Steve Jobs e mais tarde, a partir desta mesma Empresa, foi criada a Pixar.

Notavelmente, ele refere no livro que foram necessários 20 anos para que conseguisse materializar a ideia que teve em 1974 de criar um filme, completo, de animação por computador. Esse feito foi conseguido através de uma parceria com a Disney, na qual ambas as Empresas juntaram esforços e recursos acabando por criar o Toy Story, em 1995, o primeiro filme de animação totalmente feito em computador.

Posteriormente em 2006 a Pixar foi vendida à Disney e Catmull tornou-se, também, presidente da Disney Animation. Neste novo cargo replicou com sucesso a abordagem da Pixar, tentando sempre preservar a herança única e que tanto amava da Disney.

Apesar de muito do conteúdo do livro ser acerca da criação da Pixar e do percurso profissional do autor. O mais importante para mim, como leitor, passa por toda a experiência e conhecimento que Ed Catmull transmite e que acaba por ser transformar em lições para o quem está a ler. São lições que a meu ver possuem um grau de profundidade enorme, pelas mudanças de paradigma que o autor sugere, sobretudo em temas relacionados com a Gestão de Empresas, e pela própria simplicidade das suas ideias que revelam um nível de consciência muito grande, acerca de ele próprio como indivíduo e da forma como interpreta tudo o que o rodeia.

São muitas as lições que podemos retirar deste livro, contudo irei apenas focar três delas. Apesar de parecerem poucas irão certamente dar que pensar.


Lição 1 - Grandes equipas são melhores que grandes ideias


Uma das citações mais populares do livro é a seguinte:
“Se dermos uma boa ideia a uma equipa medíocre, eles vão aniquilá-la. No entanto, se dermos uma ideia medíocre a uma equipa brilhante, eles das duas uma, ou a arranjam ou a deitam fora e conseguem algo melhor.”

Esta é uma daquelas questões acerca das quais nunca pensamos de forma intuitiva, contudo quando nos é apresentada sabemos que é verdade. Enquanto uma Empresa contratar pessoas talentosas, que trabalhem juntas e comuniquem livremente, as ideias acabam por não ser assim tão importantes, porque surgem naturalmente. Com a cultura certa dentro da Organização a “ideia” acaba por se ser algo orgânico, algo que passa de indivíduo em indivíduo de forma quase atómica, que ao ser levado para o seio de uma equipa, que a consiga trabalhar, entra num estado embrionário e que, no final, acaba por se materializar num Produto ou Serviço que nasceu da cocriação de vários elementos pertencentes a uma Organização.
Lição 2 - Os erros dizem respeito às equipas e nunca aos indivíduos. Todos são igualmente responsáveis

Falhar é humano e na Pixar todos são humanos! Em vez de se surpreenderem com o fracasso, todos os que lá trabalham reconhecem-no de antemão. Ao aceitarem que erros são apenas uma parte do acordo, todos conseguem preparar e reparar os seus projetos de forma iterativa, o que permite que grande parte dos erros, encontrados em cada projeto, possam ser eliminados e ao mesmo tempo sejam delineadas estratégias para que não se repitam novamente.
No mesmo seguimento, os erros cometidos na Pixar nunca são cometidos por indivíduos, apenas por equipas. Quando acontece alguma falha, toda a equipa é responsável e nenhum dedo é apontado a alguém em particular. Esta mentalidade leva a que os funcionários se sintam mais seguros pois a culpa é do todo e não de um indivíduo específico.
São muitas as Organizações que não assumem esta mentalidade, eu pessoalmente passei por algumas. Muitos de nós gostamos de dizer que errar é humano, contudo só o dizemos quando nos queremos defender de alguma situação em que nós próprios erramos , se o erro for de outro sujeito e nos afetar de alguma forma, por muito inocente ou despropositado que tenha sido, esta expressão já não é válida para a pessoa que o cometeu. Assim e nas palavras do autor:
 “O trabalho do Gestor não é evitar riscos. O trabalho do Gestor é garantir que os riscos estão controlados para que outros os possam tomar.”

Falhar é exatamente isso. Apenas quando todos se sentem seguros para arriscar é que se consegue um ambiente em que todos têm coragem para serem criativos. A criatividade passa por explorar, por experimentar, por nos deixar levar e testar limites. Apesar destas ações estarem associadas a grandes margens de erro, são, no entanto, necessárias para que o ser humano possa criar algo inovador e disruptivo.
Lição 3 – Os processos não são os objetivos

 “Tornar o processo melhor, mais fácil e barato é uma aspiração importante, algo em que trabalhamos de forma continua – mas esse não é o objetivo. Fazer algo espetacular, esse sim é o objetivo.”

Vivemos num mundo onde os processos dentro das organizações são essenciais. Como gestores e como funcionários, temos imenso orgulho, em nós mesmos, em adotar processos que façam com que tudo dentro da Empresa funcione da forma mais eficaz. Efetivamente eles são uma parte integrante e basilar de uma Organização, contudo entregar algo de maravilhoso e útil ao cliente deve ser sem dúvida a maior satisfação e preocupação da Organização e de todos aqueles que nela trabalham. Os processos operacionalizam e automatizam uma série de tarefas essenciais para o funcionamento de um Empresa, contudo são muitas vezes um bloqueio para a criação, quando são colocados em primeiro plano. 
Um processo é algo que, a meu ver, agrega valor a um objetivo e que possibilita que este se último se materialize. Na minha perspetiva, primeiramente, uma Organização tem de ter um ponto de partida, isto é, o tal objetivo. Pode ser um conceito, uma ideia ou até uma possível solução para um problema. Primeiramente tem de imaginar, de sonhar com aquilo que realmente quer criar e só depois de tudo estar devidamente alinhado, em rascunho, é que deve começar a pensar nos processos e como é que os mesmos vão ser agregados, de forma a acrescentar valor e materializar o produto ou serviço.
Nota Final


Esta é uma obra fantástica para conhecermos a história de uma Empresa tão emblemática como a Pixar. Contudo, mais interessante do que isso é conhecer as abordagens, as políticas e as atividades que autor adotou para alcançar o tipo de cultura que existe atualmente nesta Organização.
Posso dizer sem qualquer dúvida que este é um livro fundamental para qualquer pessoa que esteja inserida no mercado de trabalho. Apesar da obra retratar a experiência do autor como gestor de uma grande Empresa, este livro acaba por ser fundamental para todos, sejam funcionários ou gestores, pela forma como nos obriga a pensar em formas de gerir que acabam por sair da norma mas que ainda assim resultam.
Bibliografia

Catmull, Ed (2015), Criatividade – Como vencer as forças que bloqueiam a inspiração. Clube do Autor

Dados Pessoais
Autor: José Luis Alves Magro
Email: josemagro1989@gmail.com
Perfil: Formado em Design e Engenharia Informática, sou um entusiasta de tudo o que está ligado à Tecnologia e Inovação. Neste momento trabalho como programador, adoro fazer o que faço e considero-me um sortudo por poder acrescentar valor ao mundo através da arte que tanto adoro.

"Aprenda a Ser Feliz!" – Escalar para Felicidade : Uma Book Review por Márcia Nascimento

Book Review - Escalar  para Felicidade



TAL BEM-SHAHAR

Nascido em 1970, é um professor americano e israelense, escritor, consultor na universidade de Harvard, onde leciona o mais concorrido curso de Psicologia Positiva, bem como um popular curso de Psicologia da Liderança.
Ben-Shahar desenvolveu a sua carreira acadêmica em Harvard onde se formou em Psicologia e Filosofia, e onde se doutorou em Comportamento Organizacional.
Veterano das Forças Armadas israelitas, trabalha na organização pacifista David Project, é consultor de várias empresas multinacionais e dá formação em áreas como felicidade, autoestima, definição de objetivos e liderança.
É o autor dos best-seller internacionais “Mais feliz” e “Ser feliz” que foram traduzidos para 25 idiomas. Em 2011 cofundou a Potentialife com a Augus Ridgway, empresa que fornece programas de liderança, focando-se na mudança comportamental para as organizações, escolas e organizações desportivas por todo mundo. 

Aprenda a ser feliz
Este não se trata apenas de um livro dito meramente normal, mas sim de um curso de aprendizagem e escalada para quem procura resposta sobre uma das perguntas mais complexas:
Nós podemos aprender a ser felizes? Sim, sem dúvida. De acordo com o professor Dr. Tal Ben-Shahar a felicidade é uma competência que pode ser aprendida.
Ben-Shahar apresenta duas ideias essenciais na sua obra. A primeira mostra a sua escalada, a sua aprendizagem em busca da felicidade e de uma vida mais significativa, narrando a sua história pessoal e apresentando o seu próprio conceito sobre a felicidade. Demostra igualmente como é possível combinar felicidade: prazer (benefício presente) + significado (benefício futuro) que as nossas atividades nos proporcionam.
A segunda parte do livro Ben-Shahar foca-se em felicidade que advém de práticas, felicidades adquiridas nas escolas, no trabalho e nas inter-relações.
A obra assenta em três ideias fundamentais: O que é a Felicidade, a Felicidade Aplicada e Meditações sobre a Felicidade. Ben-Shahar combina engenhosamente pesquisas acadêmicas, estudos científicos e aconselhamentos que promovem uma série de princípios e valores que qualquer pessoa pode adotar na sua vida diária.

O que é a Felicidade
Segundo Ben-Shahar, este define a felicidade como “a experiência global do prazer e do significado”.
Ele utiliza um modelo de hambúrguer para descrever as pessoas - os arquétipos - e seus padrões distintos de atitudes e comportamentos em busca da felicidade (moeda final).
  • Hambúrguer de alimento é o hedonista - apenas a jornada na escalada ao pico da montanha é importante, o benefício presente, busca o prazer que para ele é a finalidade da vida a curto prazo. Evita a dor e torna-se escravo do presente.
  • Hambúrguer vegetariano é da competição desenfreada - não consegue aproveitar a jornada na escalada ao pico da montanha, benefício futuro. É a dor a curto prazo seguida de satisfação a longo prazo. São incapazes de desfrutar o que estão a fazer com uma persistente crença de que ao chegar a um destino certo serão felizes.
  • Pior Hambúrguer é o niilista - desistiu da jornada e de alcançar o pico da montanha que era o seu destino - prejuízo presente e futuro.  É a dor a curto e longo prazo. Está resignado à crença de que a vida não tem sentido, fortemente ligado ao passado, não importa o que faça, pois nada o poderá levar a alcançar a felicidade.
  • Hambúrguer ideal é o que cria a felicidade - este aproveita e desfruta toda a sua jornada até alcançar o seu objetivo que é chegar ao pico da montanha, pois ambos tem valor - benefício presente e futuro - que é um destino que consideramos valioso, ou seja, a felicidade é a experiência de escalar a montanha até ao seu topo.
Uma pessoa dita feliz desfruta de emoções positivas e o seu prazer está ligado a experiências que advêm dessas emoções. Vive sempre focada no benefício presente, no aqui e agora, tendo a noção de propósitos, do benefício futuro que resulta das suas ações.
No entanto, necessitamos que as causas dessas emoções positivas sejam significativas nas nossas vidas, ou seja, a existência de um sentido de propósito, um efeito real no mundo e não apenas sentir.   
Porém, o que não conseguimos reconhecer é que para encontrar este sentido de propósito, é preciso mais do que estabelecer metas, e sim estabelecer metas para nós próprios que sejam intrinsecamente significativas.
Assim como o prazer não é suficiente para que nos sintamos felizes, ter noção de propósito também não chega. É quase impossível manter ações a longo prazo, independente do significado que lhe atribuímos, sem sentir prazer emocional no presente.
A perceção da felicidade designada no livro como “moeda final”, não o ouro ou prestígio, guia a nossa vida em torno de como podemos encontrar mais prazer e significado ao invés de adquirir mais dinheiro e bens materiais.
Quando as nossas experiências positivas (renda), superam as negativas (despesas), obtemos o chamado lucro. Quando ocorre o inverso, o resultado que obtemos é uma falência emocional e consequentemente um sentido de incapacidade.

A Felicidade Aplicada
Tal Ben-Shahar refere que é necessário concentrarmo-nos em coisas práticas que promovem a felicidade na educação, no trabalho e nos nossos relacionamentos.  
Na educação, Ben-Shahar ilustra dois modelos de como podemos motivar os alunos, e sugere um modelo de amor para uma aprendizagem mais agradável e com maior sucesso.
O atual modelo aplicado em todas as instituições de ensino denomina-se Asfixia e demonstra claramente que os alunos não gostam de estudar, pois são asfixiados por trabalhos que não apreciam e as suas motivações estão ligadas apenas ao receio de fracassar.
Afeto é um modelo apresentado por Ben-Shahar, que defende que oferecer uma maneira diferente de pensar sobre o ensino, pode conduzir às experiências dos benefícios presentes e no futuro, bem como ao prazer e ao significado.
Em relação ao trabalho, o autor aborda o porquê de muitas pessoas trabalharem em atividades que não lhes proporcionam prazer e significado. Temos medo de mudar e procurar um novo desafio, pois estabelecemos baixos padrões para nós mesmos em relação à moeda final, ou seja, em relação à nossa própria felicidade.
Para implementar a mudança nas nossas vidas é imprescindível termos coragem, pois a “coragem não é não ter medo, é ter medo e mesmo assim ir em frente”.
Trabalhar mais feliz faz com que conquistemos maior prazer e mais significado.
Nos nossos relacionamentos - sendo esta a área mais complexa das nossas vidas - Ben-Shahar fala sobre o verdadeiro significado de amar e ser amado incondicionalmente.
Dedicar-se aos relacionamentos mais íntimos demonstra um investimento no nosso tempo e na nossa energia para relações próximas e assertivamente orientadas. Já as relações que nos causam sentimentos e pontos negativos nas nossas vidas, devemos ter coragem de deixar partir e permitir-nos encontrar a relação que nos proporciona o bem-estar. 
Quando passamos tempo de qualidade isso aumenta a nossa satisfação pela vida e proporciona-nos um maior sentimento de felicidade.
Conseguimos sempre melhorar as nossas relações de forma a satisfazer não só essa relação, como também contribuir benevolentemente para o benefício do outro em prol da nossa felicidade, e não focar-se no benefício do outro para a sua própria felicidade.
No entanto a felicidade dos outros também é importante para nós, pois ao ajudarmos os outros a serem felizes contribuímos para a nossa própria felicidade.

Meditações sobre a Felicidade
No que diz respeito às meditações sobre a felicidade, Tal Ben-Shahar apresenta reflexões sobre a natureza da felicidade e a sua importância nas nossas vidas, sugerindo que criemos rituais para ela.
Por exemplo, os melhores artistas e atletas têm rituais diários para treinar e gerir suas energias e comportamentos.
Assim sendo, que hábitos podemos incluir nas nossas vidas para que possamos ser pessoas mais felizes? Fazer exercício, passear com amigos, jantar com a família são alguns exemplos. 
O segredo passa por incluir um ou dois rituais, fazer isso um hábito e depois aumentar lentamente.
Saber agradecer as coisas que nos fazem bem, torna-nos ainda mais felizes.
Aqueles que aplicam pelo menos três a cinco coisas pelas quais são gratas, e que realmente lhes tragam um sentimento de felicidade, têm níveis mais altos de bem-estar emocional e físico.
As pessoas mais felizes e sucedidas são aquelas que fazem o que tem vontade e paixão, seguindo sempre o seu coração.
Como defende Abraham Maslow “A melhor coisa que pode acontecer a uma pessoa é ser pago para fazer o que apaixonadamente ama fazer.”


Proximidade à matéria Disciplina Negociação e Liderança
Durante a leitura da obra foi possível constatar que alguns dos temas abordados vão ao encontro da matéria leccionada na unidade curricular de Negociação e Liderança. Por exemplo, o autor aborda o aumento, por toda a sociedade, do predomínio da falência emocional, o “desespero avassalador” - o niilista - a noção de sermos incapazes de ultrapassar este estado emocional empobrecido, a nível individual e global. Estes são conceitos defendidos por Daniel Goleman relativamente à inteligência emocional.
De igual forma, as necessidades humanas de Maslow estão bem retratadas uma vez que o autor refere que, “uma pessoa pode escolher sempre um estilo de vida a menos que se atreva a ouvir-se a si própria, ao seu próprio Eu, em cada momento da sua vida”.
As funções de liderança por Kotter, motivação extrínseca - referente a fatores externos do indivíduo, fama, fortuna ou o poder -  e intrínseca refere-se a fatores internos, o prazer e significado, a moeda final - que é a felicidade - autodisciplina, automotivação e autoliderança, são os pilares do livro, onde o autor Tal Ben-Shahar foca-se em ajudar os seus leitores na procura da resposta para a derradeira pergunta: “O que é uma vida feliz e que valha a pena ser vivida?”.

O autor sugere no seu livro várias técnicas, bem como exercícios práticos para aplicarmos diariamente na nossa vida, de forma a entender, trabalhar e alcançar aquilo a que nos propomos e é realmente importante para nós, aumentando assim o nosso nível de felicidade.


Reflexão final
Passamos a viver uma vida feliz quando alcançamos prazer e significado. Quando dedicamos tempo e disponibilidade aos nossos entes queridos. Somos felizes quando estamos em constante aprendizagem e nos mostramos recetivos para tal, mas também quando nos envolvemos em projetos no nosso trabalho.
Quanto mais preenchermos os nossos dias com experiências que realmente têm grande significado para nós, tornamo-nos mais felizes.
É fundamental avaliarmos o nosso quotidiano e gastar o nosso tempo com coisas de que realmente gostamos e que agregue valor à nossa vida. É necessário descobrir os valores intrínsecos que são mais importantes para nós e segui-los com o coração.
Devemos criar rituais significativos, como o diário de gratidão, por exemplo, que nos proporcione mais prazer, viver e apreciar o momento presente. Apreciar a nossa jornada na escalada ao pico da montanha, pois a nossa felicidade está na experiência da subida em direção ao objetivo que é o topo da montanha.

Comece uma nova experiência, desenvolva-a e crie uma nova história.




                           MARCIA NASCIMENTO
“Com um relacionamento interpessoal forte, humilde e dinâmico, estou sempre atenta e disponível para enfrentar os desafios. Considero-me uma pessoa alegre e muito positiva, vivo a vida intensamente.
Para mim o sorriso é arma mais poderosa do mundo sendo, capaz de quebrar barreiras”.








Para citar este texto, utilize o seguinte modelo de referência:
Nascimento, M. (2019). Escalar para Felicidade. Research oriented by PhD Patrícia Araújo within “Leadership and Negotiation”; Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge.3ª Ed. Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration. Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/2019/01/book-review-escalar-para-felicidade-tal.html