26 novembro 2019

Os Mindsets e o Desempenho Organizacional- Book Review- By Mariana Rodrigues Silva

O livro Mindset: A nova psicologia do sucesso, escrito por Carol S. Dweck, professora de psicologia da Universidade de Stanford e Especialista Internacional em sucesso e motivação, apresenta um estudo de comportamentos realizado a fim de descobrir como e porque as pessoas lidam com o sucesso e o fracasso de maneiras diferentes. Porque determinadas pessoas evoluem e outras estagnam. E ao realizar a pesquisa, a autora, conseguiu descobrir que os factores determinantes para tais comportamentos, seriam controlados por nossa mente através do mindset que adotamos. 

Carol Dweck durante sua pesquisa conseguiu encontrar dois tipos de mindset, o mindset fixo e o mindset de crescimento. No mindset fixo as pessoas tendem a não saber lidar com seus próprios erros, perdas e fracassos. E entendem que se não conseguiram algo é porque são incapazes de forma definitiva, não havendo nada que possa mudar. Já para pessoas com o mindset de crescimento o fracasso pode ser visto como uma motivação para se esforçar mais e atingir o objetivo em uma próxima oportunidade. 

E com base nisso, a autora relata diversos casos aplicados em escolas, empresas e situações cotidianas a fim de caracterizar o mindset das pessoas em determinadas situações e assim justificar sua teoria. No que tange aos mindsets dentro das organizações, a autora cita o estudo realizado por Jim Collins no qual analisou, durante 5 anos, 11 empresas que progrediram em relação as outras com o objetivo de descobrir o motivo. Dentre os resultados o que mais se destacou foi o tipo de líder que as liderava. Jim Collins conseguiu verificar que as empresas que obtiveram mais sucesso durante esses anos, eram empresas lideradas por pessoas discretas, que estavam sempre a questionar as coisas e que olhavam as suas falhas e as da equipe, sempre buscando soluções e mantendo a fé no sucesso final. Ou seja, líderes com mindset de crescimento. 

De acordo com o livro, líderes com mindset de crescimento, não estão sempre tentando provar que são melhores, mas acreditam no desenvolvimento humano e por isso estão sempre tentando melhorar. Buscando com franqueza quais qualificações ele, a sua equipe e a empresa precisam para atingir seus objetivos. E com isso se baseia e confia em fatos para progredir e não em apenas talentos fixados como natos. 

Considerando tais informações em correlação com a Teoria da Liderança Transformacional, entende-se que um líder transformacional tem mindset de crescimento, pois é um líder próximo a sua equipe, e constantemente em busca da evolução individual e colectiva. E por adoptar tal postura, passa a ser admirado e respeitado pela equipe. A hierarquia existe de forma a sustentar a distribuição de competências e responsabilidades, e não para escalar superioridade entre os indivíduos. 

Como forma de mostrar como o mindset do líder pode interferir no desempenho da organização, a autora Carol Dweck cita um estudo de caso sobre mindsets e decisões organizacionais desenvolvido por Robert Wood e Albert Bandura, no qual alunos do curso de gestão foram testados com uma tarefa fictícia de liderança. Teriam que colocar os funcionários de uma empresa X nos cargos certos de acordo com suas características e motivá-los. Para faze-lo da melhor forma teriam que reavaliar constantemente sua tomada de decisões, baseados nas informações do desempenho da empresa. A turma foi dividida em dois grupos, a serem orientados de maneiras diferentes. Um grupo foi orientado de forma a estimular seus mindsets fixos, a esse disseram que a tarefa seria para medir suas capacidades natas, ou seja, os estudantes entediam que quanto maior sua capacidade subjacente, melhor seria o seu desempenho. Ja o segundo grupo foi estimulado a ter mindset de crescimento, e os estudiosos, os disseram que suas capacidades de liderança iriam se desenvolver com a prática e que o objetivo daquele estudo era os dar uma oportunidade de identificar suas aptidões. 

 Ao final do estudo Robert e Albert concluíram que os estudantes orientados para o mindset fixo não conseguiram aprender com seus erros, apenas frustraram-se. E os estudantes do mindset de crescimento, que obtiveram os melhores resultados, continuaram a aprender, sem se sentirem pressionados com a avaliação, lidando com seus erros de forma franca e colectando as informações necessárias para mudar a estratégia quando preciso. 

Ou seja, esse estudo foi capaz de mostrar de forma clara como os mindset dos líderes são determinantes no desempenho de uma organização, uma vez que um líder representa por vezes um espelho para a equipe, este deve ser o primeiro a adoptar o mindset de crescimento para então influenciar os seus colaboradores a pensar da mesma forma. 

Após a leitura do livro e entendimento dos dois mindset explorados através dos casos, foi possível perceber que para um melhor desempenho organizacional, adoptar um mindset de crescimento por mais que seja uma tarefa difícil, é um exercício que poderia ser praticado por todos os indivíduos. Uma vez que ele nos ajuda a ter uma perspectiva optimista, e principalmente, nos mantendo sempre em movimento em busca de aprendizado, compreendendo o aprendizado como uma constante evolução.

Silva, Mariana Rodrigues. 2019. Os Mindsets e o desempenho Organizacional. Research oriented by PhD Patricia Araujo within ´´Leadership and Negociation´´ Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge 3ªEd. Porto: Portuguese Institute os Marketing and Administration.

24 novembro 2019

Os Sonhos enquanto motor de desenvolvimento das organizações: resenha crítica ao livro "O Gestor de Sonhos" - JOana Castro


Sobre o autor


Matthew Kelly é um orador e escritor americano que conta já com milhares de conferências nos quatro cantos do mundo e milhões de livros vendidos, estando no top do USA Today, New York Times, Publishers Weekly, entre outras. Atuou em inúmeras palestras e influenciou, com as suas palavras e sentido de humor, inúmeras organizações, equipas e chefias de topo.
O seu livro é considerado por muitos, como uma importante contribuição para a literatura de liderança e gestão de equipas.

“O sonho comanda a vida”

É com este mote, que Mathew Kelly nos desafia a refletir sobre uma forma de gestão de recursos humanos inovadora, baseada naquilo que, tal como a famosa frase de António Gedeão indica, comanda a vida: os sonhos.
Estima-se que 1/3 das nossas vidas seja passada no trabalho. Por muitas tentativas ou investigações que se façam, há problema atual que parece não ter uma solução tão simples quanto parece: a luta pelo talento, retenção e motivação de equipas e colaboradores. É este, segundo Kelly o grande desafio dos gestores modernos sendo que, só será capaz de sobreviver aquele que fizer dos seus empregados a melhor versão de si própria. De facto, remete-nos para a teoria da Liderança Transformacional (Bass, Avolio, Jung e Berson, 2003), onde estão presentes as quatro dimensões desta teoria como: influência idealizada (líderes carismáticos capazes de gerarem admiração entre colaboradores); motivação inspiracional pelo facto do exemplo começar também pelo topo; estimulação intelectual, pela procura do crescimento profissional e pessoal dos colaboradores da empresa e, por fim, a consideração individualizada presente no principal tópico do livro que abordarei mais adiante.

O livro

O livro gira em torno de uma empresa fictícia de serviços de limpeza dos Estados Unidos, a Admiral Janitorial Services e o seu grave problema que “atormentava” as chefias e gestores: o gigante nível de turnover da organização que rondava os 400%. Isto significa que a empresa a nível anual tem um gasto brutal a contratar novos colaboradores a cada três meses.
O que caracterizava esta empresa segundo muito dos seus gestores? O facto dos seus colaboradores não terem qualquer tipo de objetivos ou sonhos de vida por estarem a desempenhar uma função aparentemente “sem futuro”.  Para colmatar esta falha e dar um novo rumo à empresa, há uma série de tentativas por parte da chefia em compreender os motivos que fazem os seus colaboradores saírem da empresa. Para tal, entregam a cada um dos seus colaboradores um inquérito respondido de forma anónima com a questão central.
Após vários inquéritos lançados, a resposta estava precisamente no aspeto que muitos consideravam que os colaboradores padeciam de: sonhos. É nesta palavra que entramos na forma proposta por Kelly em gerir, motivar e desenvolver aquilo que é o motor de uma empresa: o seu capital humano.
Da teoria à prática, Kelly mostra-nos num abrir e fechar de olhos como este modo de gestão poderá funcionar com qualquer empresa, até mesmo com os perfis mais resistentes à mudança. A criação de um Departamento dedicado à gestão de sonhos dos seus colaboradores. Em cada parágrafo do livro, Matthew consegue passar de uma forma consistente a sua convicção de que, para uma empresa ser a melhor versão de si própria, é necessário ter a melhor versão dos seus colaboradores. E isto só acontece se tivermos uma relação de simbiose entre organização e funcionários.
A solução que resolveu o problema da empresa passou precisamente pelas mãos de um gestor de sonhos, dedicado a ouvir os seus colaboradores a ajudá-los a concretizar os seus sonhos. Parece óbvio? Ou utópico? Segundo o autor, inovador e revolucionário são o ADN deste modo de gestão. Os funcionários acabaram por se sentir realizados e este sentido de preenchimento não ficou só pelos funcionários. Ascendeu também a funções de topo e pessoas que não se acreditavam neste método até o experienciarem.
Diria que a obra se divide essencialmente em 4 partes:
·             Problema: chamada de atenção para uma problemática atual que afeta milhares de organizações e colaboradores.
·             Teoria: proposta de um método revolucionário designado como “Gestor de Sonhos”, um colaborador da empresa cuja função principal passa por acompanhar de forma individual todo os funcionários e dar resposta aos seus sonhos de vida.
·             Prática: descrição de forma pormenorizada da aplicação deste método na empresa fictícia e o seu impacto pós-implementação.
·             Reflexão: depois dos exemplos práticos, o leitor é levado a refletir sob as palavras do autor. “Será que isto resultaria na minha empresa?” ou “Será esta a gestão mais eficaz de pessoas?”, são algumas das questões que se colocam de forma automática no decorrer da leitura.

Visão crítica da obra

Kelly oferece-nos de forma detalhada todos os passos para implementar a iniciativa do Gestor de Sonhos nas empresas. Quer seja uma empresa de Tecnologia da Informação ou uma empresa de Serviços Financeiros, o autor comprova como este conceito pode ser aplicado de forma universal e convida cada um de nós a experienciá-lo.
A verdade é que para os leitores mais resistentes, este conceito poderá parecer utópico e inconcebível mas valerá a pena testar, na medida em que este tipo de liderança através do investimento pessoal e profissional é a meu ver, a solução mais eficaz para combater a “dor de cabeça” de muitas organizações.
Matthew demonstra-nos em duas grandes secções a teoria e a prática deste conceito e como muitas vezes, e como muitas vezes as soluções mais simples estão muitas vezes à nossa frente.

Considerações finais

Com uma leitura bastante ritmada e objetiva, o livro da autoria de Matthew Kelly cumpre a sua função: suscita uma intensa reflexão sobre o modo como gerimos pessoas, a sua motivação e sobre o impacto que uma organização e/ou chefia pode ter na vida dos seus colaboradores tanto a nível profissional, como pessoal. Traz-nos também uma abordagem revolucionária e, ao mesmo tempo, que parece tão “simples” na medida em que a resposta está à vista de todos.
A verdade é que na vida somos movidos por metas que vamos delineando. Aquilo que nos faz crescer e sentirmo-nos preenchidos é saber que alcançamos esses objetivos. Que cumprimos um sonho quer seja no nível físico, como no nível intelectual. Cumprir sonhos, desperta a vontade de querermos ainda mais, de sermos mais. 

Experiência enquanto Book Reviewer

Desde o inicio, o livro suscitou-me uma atitude de reflexão, em que o leitor se “obriga” a pensar “Será que isto resultaria na minha empresa?”. A verdade é que tendo entrado para o mundo do trabalho recentemente e tendo uma experiência em duas organizações distintas, consigo comparar dois modos de gestão bem diferentes.
As duas organizações têm algo que as diferencia e que é precisamente a problemática da empresa fictícia do livro: o índice de turnover. Na primeira, encontramos uma taxa de rotatividade muito alta, uma gestão focada nos números e a existência de um departamento próprio de gestão de talento, denominado Talent Retention and Motivation. Na segunda, o índice de turnover é bastante baixo senão existe um departamento “próprio” para reter colaboradores.
A título pessoal, penso que certas organizações estarão mais céticas à decisão de implementar um departamento de Gestão de Sonhos dos seus Colaboradores. No entanto, creio que todas as organizações poderiam dar uma oportunidade a este tipo de gestão e deixarem-se ser surpreendidos. Grande parte do nosso tempo é dedicado ao período laboral. Somos capazes numa semana de passar mais tempo com a nossa equipa de trabalho do que propriamente com os nossos familiares e amigos. Então porque não fazer do tempo que dedicamos ao trabalho, um período feliz capaz de influenciar também a nossa vida pessoal e vice-versa? É aqui que a organização desempenha um papel fulcral enquanto “gestora” do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Uma pessoa que se sente e é feliz no trabalho, acaba inevitavelmente por transpor essa felicidade para a sua vida pessoal.
A verdade é que os colaboradores se submetem muitas a vezes a estarem sob situações de grande pressão e stress, não tendo a capacidade de “desligar” do seu trabalho nos momentos em que o devem fazer. O ritmo frenético e extremamente competitivo leva a situações de desgaste e burnout que são muitas vezes desvalorizadas.
Se contribuímos e acrescentamos valor a uma organização, se investimos tanto tempo das nossas vidas no trabalho, porque não termos uma retribuição desse investimento?



Bibliografia

KELLY, Matthew. (2007) O Gestor de Sonhos: Como motivar uma equipa para o sucesso. [S. l.]: Beacon Publishing, 2007.

Citação

Castro, J. (2019) Os sonhos enquanto motor de crescimento das organizações: resenha crítica ao livro “O Gestor de Sonhos” de Matthew Kelly. Research oriented by Phd Patrícia Araújo within “Leadership and Negotiation” Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge. 3ª Ed.Porto: Portuguese Institute of Marketing and Administration. Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/2019/


22 novembro 2019

E depois do Monge o que fica? - By Jaquelina da Cunha Moreira


E depois do Monge o que fica?

Book Review do Livro “ O Monge que vendeu o seu Ferrari” 


“Desfruta dos momentos especiais que cada dia te oferece, porque hoje, este dia de hoje, é tudo o que tens”(Sharma, 2015, p.185).


             Robin Sharma é atualmente um dos maiores nomes da cultura de gestão e desenvolvimento pessoal nos EUA, com 15 milhões de livros vendidos traduzidos em mais de 70 idiomas. Reconhecido pelos seus livros de auto ajuda que abordam uma filosofia comportamental e motivacional que nos leva a querer menos e a viver mais, o autor canadiano e advogado de profissão, decidiu aos 25 anos abandonar o direito e dedicar-se à escrita, construindo uma mensagem que percorre o mundo com milhões de seguidores que o acompanham em tudo o que escreve. Autor de vários best-sellers como “O Líder Sem Título” (2010) e mais recentemente “O Clube Das 5 Da Manhã” (2018), Robin Sharma, é também reconhecido pelas suas palestras e pela partilha das suas mensagens junto de diversas empresas reconhecidas internacionalmente onde pratica a formação motivacional e liderança no seio das organizações.


 Fonte: Google (2019).



            O livro “O Monge Que Vendeu o Seu Ferrari” conta a história de Julian Mantle, um advogado de sucesso obcecado pelo trabalho, habituado a ter tudo o que os sonhos desejam. Um dia, em pleno tribunal, sofre um ataque cardíaco e decide mudar de vida. É uma história simples com um conteúdo profundo,  narrada pelo amigo John, que três anos depois recebe a visita de um  Julian que não reconhece. Era outra pessoa, por dentro e por fora. Julian vendera tudo, inclusive o Ferrari vermelho, “o seu maior troféu” e fora para a Índia descobrir-se a si mesmo, aprender a usufruir de uma vida mais gratificante e leve. Durante esse período, ganha a capacidade de desfrutar dos pequenos prazeres da vida, descobre que o fracasso é um caminho para o crescimento interior,  que as lições de vida são diárias e que o passado deve ser aceite como grande mestre que é. Durante a sua jornada, nos Himalaias, encontra os grandes Sábios de Sivana que partilham com ele ensinamentos para atingir uma sabedoria e  vida superior. Em troca desta aprendizagem, Julian, terá no seu mundo ocidental de transmitir toda a filosofia do Sistema Sivana e seus benefícios a quem mais precise. E essa pessoa é John. Com uma vida acomodada, estéril e sem motivação, aceita o desafio do seu parceiro de anos para atingir níveis superiores de autoliderança e de transformação interior com as 7 virtudes do Sistema Sivana que são explicadas ao longo do livro que permitirão atingir a elevação espiritual e a paz interior.

Assim temos:

Jardim: cultive a sua mente pois ao controlar os seus pensamentos controlará o seu destino.  “A gestão da mente é a gestão da vida."

Farol: tenha objetivos bem definidos, saiba onde está e onde quer chegar. Pratique o autoconhecimento. “Segue a tua missão."

Lutador de Sumo: procure sempre ir mais além, escolha a melhoria constante e aperfeiçoe os seus conhecimentos diariamente. “Praticar o Kaizen."

Cabo cor de rosa: desenvolva a autodisciplina pois será fundamental para enfrentar os desafios com tenacidade e resolver os obstáculos que atravessam o seu caminho, nada o vai derrubar, acredite. “Corre contra ti próprio."

Cronómetro:  Seja criativo e organize o seu tempo em função das  suas prioridades e do que realmente valoriza, terá tempo para tudo. “Respeita o teu tempo."

Rosas: quanto mais melhorar a vida dos outros melhor será a sua vida também. “Serve os outros altruísticamente.”

Diamante: a vida é agora e aproveite-a em pleno. “Vive no presente."




E depois do Monge o que fica?


  • ü  Ficam as sete virtudes a reter que se devem aplicar na vida para se conseguir atingir um patamar superior de autoconhecimento  e de autoliderança.

  • ü  Ficam conteúdos do livro que se interligam com a unidade curricular, nomeadamente a autoliderança e a inteligência emocional:

·      Autoliderança: Segundo Kusdinar & Haholongan (2019) as decisões de autoliderança residem no talento do indivíduo ser responsável pelas escolhas feitas que levam à adoção de comportamentos e sentimentos que o influenciam, bem como quem o rodeia, de forma voluntária, tornando- o um modelo a seguir. Tal como Robin Sharma sublinha no seu livro “terás todas as informações e estratégias de que necessitas para alterar profundamente a qualidade da tua vida e das vidas de todas as pessoas que encontrares. E quando aplicares esta sabedoria no teu dia-a-dia, mudarás: mental, emocional, física e espiritualmente."

·   Inteligência emocional: claramente abordado ao longo do livro em análise. e de acordo com Serrat (2017), a inteligência emocional está associada à gestão de emoções e à capacidade de atingir maiores resultados em benefício próprio e no envolvimento com os outros. Interliga a autoconsciência, a auto regulação, a auto motivação, a consciência social e as habilidades sociais, permitindo uma gestão emocional entre o que se faz e o propósito que se pretende atingir no cumprimento de objetivos.

  • ü  Ficam as mensagens que o autor vai reforçando ao longo do livro com o recurso à citação de frases de outros autores mundialmente conhecidos que sublinham e aumentam o poder das palavras escritas, permitindo a quem lê intensificar a relação com o livro e torná-lo mais profundo.

  • ü  Ficam as dicas que nos fazem pensar como atingir mais olhando para dentro e a importância de reconhecer que é dentro de nós que reside a mudança e a capacidade de ir mais longe. Ficam as vontades e a capacidade de escolher sabiamente os objetivos a atingir. Fica tudo.

  • ü  Fica também o sentimento de que o livro seria mais interessante se tivesse um outro título pois é merecedor de um nome mais envolvente e com maior significado. Considerado pela opinião pública como um livro de auto ajuda o que lhe dá uma conotação pré- concebida, logo de imediato, para aqueles livros que não queremos ler na rua por parecer que estamos mesmo a precisar de ajuda.


        Na minha opinião, vou mais longe, é um livro para ler no café, no metro e levar no coração. Que nos lembra quem somos, onde estamos e para onde queremos ir, em qualquer lugar do mundo. É  livro para guardar pois os seus conteúdos devem ser lidos e relidos a vida toda, uma vez que, são desenhados a nosso favor. Na realidade, todas as orientações, mudanças de comportamento e chamadas de atenção reportam-nos, ao longo do livro, para o nosso interior, relembrando sempre que em última instância, a decisão é nossa e o caminho será sempre aquele que escolhermos.  Recheado de estratégias promovendo o autoconhecimento, a autodisciplina, a definição de prioridades e objetivos para que seja possível viver uma vida com sentido e se consiga atingir a paz interior e a realização pessoal. Li este livro durante a minha viagem ao Nepal, em 2016, em plena montanha, a caminho da Base Camp do Annapurnna, a 4130m de altitude. Sublinhei cada palavra importante, segui cada ensinamento que faria de mim melhor pessoa, guardei na memória todas as palavras com significado e fiz o que o Julian pediu: partilhei, a quem poderia beneficiar, a história deste livro. Obrigada Robin.



Referência Bibliográfica

Kusdinar, D., & Haholongan, R. (2019). The Influence of Self Leadership on Innovative Behavior, 74(AICMaR 2018), 97–100. https://doi.org/10.2991/aicmar-18.2019.22
Serrat, O. (2017). Knowledge Solutions: Tools, Methods, and Approaches to Drive Organizational Performance. Knowledge Solutions: Tools, Methods, and Approaches to Drive Organizational Performance, 1–1140. https://doi.org/10.1007/978-981-10-0983-9
Sharma, R. (2015). O Monge Que Vendeu o Seu Ferrari. Lisboa: Pergaminho.






Autoria: Jaquelina da Cunha Moreira
Sobre mim: Aluna de Mestrado em Gestão de Marketing no IPAM, sou apaixonada por livros e viagens desde que me lembro. Valorizo o conhecimento e o crescimento pessoal, percebendo que há sempre espaço para se fazer mais e melhor. Sou uma pessoa positiva, focada, organizada e valorizo o trabalho em equipa.



Citação:
Moreira, J. (2019).  E depois do Monge o que fica? -Book Review. Research oriented by PhD Patrícia Araújo within “ Leadership and Negotiation” Curricular Unit and Presented at Ipam Leadership Challenge. 4ºEd. Porto: Portuguese Institute of Marketing And Administration. 
Available at: https://ipamleadershipchallenge.blogspot.com/2019/11/e-depois-do-monge-o-que-fica-book.html